quarta-feira, outubro 8, 2025
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Moradores de Itaipuaçu seguem sem internet estável em conjunto do Minha Casa, Minha Vida

Moradores do Residencial Carlos Marighella, em Itaipuaçu, continuam enfrentando dificuldades para acessar a internet. Há quase um mês, cerca de 1.500 famílias do conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida estão sem conexão estável, o que impacta diretamente estudantes e trabalhadores que dependem do serviço.

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Até setembro deste ano, o fornecimento era controlado por grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas, que impediam a atuação de empresas legalizadas e exploravam o sinal de forma clandestina. Mensalidades fixas eram cobradas, e provedores que tentaram se instalar no local relataram ter sofrido ameaças.

Após operação da Polícia Civil, a empresa que atuava de forma exclusiva no residencial passou a ser investigada por suspeita de associação com a facção criminosa. Durante as ações, foram apreendidos documentos, equipamentos e veículos roubados. Com isso, o controle direto do tráfico sobre o serviço foi desarticulado.

Apesar do enfraquecimento do esquema, provedores regularizados ainda não retomaram suas atividades no conjunto. A ausência de garantias de segurança é apontada como motivo para o receio de novas tentativas de instalação, diante do risco de ameaças ou expulsões.

“Estamos há quase um mês sem conexão, mesmo quem pagou não recebe sinal. Nenhuma empresa legalizada quer entrar porque têm medo de depois serem obrigadas a sair novamente”, relatou um morador.

Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que o policiamento em Itaipuaçu é realizado diariamente por equipes do 12º BPM, com viaturas, motocicletas e operações pontuais. Segundo a corporação, a estratégia busca ampliar a presença ostensiva e apoiar investigações de inteligência para evitar o retorno da atuação criminosa.

Denúncias podem ser feitas de forma anônima ao Disque Denúncia (2253-1177) ou diretamente pelo 190.

Enquanto não há condições seguras para a atuação de prestadoras regularizadas, os moradores permanecem sem alternativas estáveis para acesso à internet.

“Aqui são aproximadamente 4 mil pessoas que usam a internet para estudar e trabalhar online. Estamos completamente desassistidos, reféns da falta de solução”, disse outro morador.

A situação evidencia a necessidade de articulação entre órgãos de segurança, autoridades municipais e empresas do setor para assegurar a prestação de serviços básicos sem a influência de organizações criminosas.