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Maricá distribui 4 toneladas de tilápia em conjunto habitacional de Itaipuaçu

Na última quarta-feira (18 de junho de 2025), cerca de 4 toneladas de tilápias cultivadas no Ciamar foram distribuídas a moradores do conjunto habitacional Minha Casa Minha Vida, em Itaipuaçu. Adicionalmente, 1,5 tonelada foi entregue à comunidade de Santa Paula e mais 1,5 tonelada à comunidade da Linha, em São José de Imbassaí.

O Ciamar – Centro de Inovação em Aquicultura de Maricá – é fruto de uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Companhia Alimentos Maricá (Amar). Lá, as tilápias passaram por um ciclo de criação de sete meses, utilizando ração própria que quase dobrou o peso dos peixes (1 kg contra 570 g da ração comercial).

Um mérito do projeto é o emprego da tecnologia de bioflocos, que reduz a necessidade de troca de água nos tanques e o aproveitamento de micro-organismos para manter o ambiente aquático adequado.

Ponto forte: solidariedade com impulso local

Alguns dos contemplados, como dona Elza Santos Araújo, ressaltaram o impacto positivo: “peixes produzidos aqui na cidade e chegam a quem realmente precisa, como eu e meus vizinhos” codemar-sa.com.br. A gestão pública, por meio do secretário de Pesca e outras pastas, enfatizou a articulação entre secretarias e autarquias como estratégia para “fazer o bem ao povo”.

Ponto de crítica: o peixe, mas onde fica o anzol?

O projeto cumpre um papel social imediato ao levar alimento fresco e de alta qualidade — estimado em cerca de R$ 120 mil em valor bruto ao atacado . Ainda assim, a ênfase segue sendo a distribuição, e não a capacitação dos beneficiados em produzir seu próprio alimento, seja via piscicultura domiciliar, hortas comunitárias integradas ou projetos de economia solidária autonômica.

Embora haja iniciativas em Maricá voltadas à agricultura sustentável — como o uso da ração própria e técnicas integradas — faltam, aqui, ações que preparem os moradores para replicar ou mesmo aprimorar essas práticas por conta própria. No fim, está claro que, embora o peixe chegue, aprender a pescar – e a criar – ainda parece depender exclusivamente da estrutura pública.