O futuro do novo Hospital de Itaipuaçu, anunciado em 2023 pela Prefeitura de Maricá, é incerto, a menos de um ano do prazo previsto para sua conclusão. Com entrega programada para o final de 2024, no término da gestão do prefeito Fabiano Horta, o projeto ainda não saiu do papel.
Uma visita ao terreno destinado à construção, localizado entre os bairros Jardim Atlântico Central e Jardim Atlântico Leste, revelou que não há qualquer movimentação de obras no local, que antes era utilizado como depósito de materiais pela prefeitura.
Questionada sobre o andamento do projeto, a Prefeitura de Maricá informou, por meio de nota, que a construção da unidade hospitalar enfrenta “procedimentos complexos”, como estudos técnicos e desapropriações, e que o processo licitatório ainda está em fase de tramitação. O hospital foi projetado para atender a crescente demanda de Itaipuaçu, um dos distritos de maior densidade demográfica do município.
Com o término do governo Horta se aproximando, o destino da obra também está nas mãos do próximo prefeito, cuja eleição será decisiva para o futuro da unidade. Dos quatro candidatos à prefeitura, Quaquá (PT) já se manifestou contra a construção do hospital, afirmando em entrevista ao Jornal O Dia que considera a obra um “desperdício de dinheiro”. Já Claudio Ramos (Novo) e Fabinho Sapo (PL) prometeram, caso eleitos, seguir com a construção, destacando a necessidade de desafogar outras unidades de saúde e atender à população de Itaipuaçu.
O projeto original do Hospital de Itaipuaçu previa uma unidade de grande porte, com mais de 100 leitos clínicos, pediátricos e gerais, além de um Centro de Terapia Intensiva (CTI) pediátrico. A estrutura seria voltada para atendimentos de urgência e emergência com demanda espontânea, ajudando a suprir a carência de serviços hospitalares na região.